quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Betta chocolate


Betta chocolate

 

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Bettas Chocolate

Por: Victoria Parnell

Em: 07/06/2005

Parece existir muita confusão entre os criadores de hoje a cerca do Betta denominado 'chocolate'. O que exatamente ele é? Como ele se apresenta geneticamente? Qual é a diferença entre o betta chocolate e os betta 'MG' ou o 'pineapple'?

Primeiramente você deve saber que o IBC não reconhece oficialmente a cor 'chocolate'. A combinação corpo marrom e nadadeiras amarelas que normalmente é conhecida como chocolate atualmente, poderia ser classificada como bicolor para fins de exposição no IBC. O termo 'chocolate' é atualmente um nome de linhagem usado para descrever uma variação de cor em particular. Walt Maurus, em seu livro Bettas: A Complete Introduction, foi o primeiro a descrever o Betta chocolate como um corpo de marrom sólido, com ou sem bordas pretas nas escamas, sem melanóforos nas nadadeiras. E acordo com Maurus, estes bettas chocolates são geneticamente similares ao Betta Melano, especulando se a cor chocolate original era uma variação do gene melano. Quando o livro de Maurus foi escrito o marrom chocolate não era um peixe considerado atraente pelos criadores, e não era trabalhado com seriedade.

O que é um Betta chocolate?

Recentemente, o termo Chocolate é aplicado a um betta de corpo marrom com nadadeiras amarelas. É interessante notar que esta combinação de cor também era descrita no livro de Maurus, mas era referida como bicolor marrom e amarelo – não chocolate! A combinação de cores existe há muitos anos, mas somente recentemente ganhou notoriedade quando algum empreendedor começou a vendê-lo como 'chocolate'.

Geneticamente similar ao 'Pineapple', o chocolate é considerado um non-red. No entanto, onde o pineapple é um fenótipo produzido pela mutação NR-1 nas nadadeiras vermelhas do Betta extended red, o chocolate parece trabalhar tal um bicolor como o comum 'Mustard Gas'. Onde o MG tem o corpo verde ou azul, o chocolate apresenta o gene NR trabalhando sobre o preto, produzindo o fenótipo marrom com amarelo.

Criando Chocolates

Geneticamente, o moderno chocolate é homozigótico para o gene recessivo non-red (amarelo) e carrega no mínimo um gene normal escuro. Cruzando chocolates com chocolates podemos produzir 100% chocolates, ou alguns amarelos puros. Cruzar chocolates com peixes sólidos, de iridescência não metálica (verdes ou azuis) que não tenham recessividade para chocolates, produzirá Bettas multicoloridos na primeira geração, devido a F1 ser apta a mostrar o vermelho normal com a iridescência que os pais carregam geneticamente, mas não fenotipicamente.

Eu muitas vezes me perguntei o que aconteceria se cruzássemos um chocolate com um melano. Acredito que a pergunta é lógica, baseada na premissa de que o chocolate possui o corpo escuro e não iridescente e poderia reduzir as iridescências do melano, mantendo-o bem escuro. Em uma série de reproduções experimentais e tentei este cruzamento em particular. Os resultados foram intrigantes.

Devido aos melanos serem homozigóticos ao gene recessivo Melano, a primeira geração não produziu melanos, o que era esperado a menos que os chocolates carregassem melano. Similarmente não ocorreram amarelos NR-1 uma vez que o pai melano não carregava o gene recessivo NR. O resultado foi 100 % de multicoloridos. Usando dois indivíduos bem formados de nadadeiras, filhos desse primeiro cruzamento, produzimos mais multicoloridos, com alguns melanos, alguns chocolates e alguns melanos homozigóticos para o gene NR-1. Uma vez que se acredita atualmente que o gene melano está relacionado a produção de vermelho (ou talvez a uma variação disso), o gene mutante causou uma redução do efeito melano, bloqueando seu desenvolvimento, produzindo pretos pálidos na aparência.

Uma vez que a maioria dos melanos não era homozigótico para o gene NR-1, nem todos os indivíduos da ninhada foram afetados. Os machos mais escuros mostravam um pouco de vermelho sob a luz, deixando-me crer que não carregavam o gene NR-1 recessivo. Isto me forçou a uma decisão: Usar o macho mais escuro que provavelmente não carregava o non-red, ou escolher um dos melanos pálidos da mesma ninhada, e tentar melhorar a cor através de cruzamentos seletivos depois de ter isolado o gene non-red? Escolhi a primeira opção, primeiramente porque o melano mais escuro com menor iridescência parecia ser a escolha lógica, e eu continuei cruzando sucessivamente para aumentar o número de melanos carregando o gene NR-1.

Muitos dos chocolates e amarelos carregam o gene dominante extended red. A cor amarela que você vê nos dois tipos é na verdade vermelho suprimido pelo gene NR-1. Se você estiver usando chocolate para introduzir o amarelo em sua linhagem, então o gene extended red é parte do pacote; o chocolate também carrega o gene extended red. Se ele não estivesse presente as nadadeiras seriam transparentes em vez de amarelas.

Cruzar um chocolate com um amarelo produz 50% de chocolates e 50% de amarelos, porque o chocolate carrega o gene cambodia (algumas vezes referido como 'non black'). Se o chocolate não carrega o gene Cambodia, todos os seus filhotes serão chocolates. Todos os que tiverem o genótipo de Cambodia quando cruzados com outro chocolate com gene cambodia produzirão amarelos na proporção de 50% amarelo e 50% chocolate. Com toda a ninhada sendo homozigótica para cambodia.

O que faz um Betta tornar-se um Chocolate Ideal?

Eu sempre acreditei firmemente que a variação de cores nos bettas deve ser incentivada e não forçada a padrões que definam qualquer padrão ou cor. Eu sempre gostei de bettas chocolate que tenham um corpo marrom com nadadeiras amarelas. O corpo deve ser livre de iridescência, e as nadadeiras sem padrão butterfly. Se o betta tiver o corpo tão escuro que pareça preto, não é um bom chocolate. Da mesma maneira, um betta que carregue excesso de iridescência azul ou verde deve ser classificado mais apropriadamente como um bicolor blue/yellow ou green/yellow, ou multicolor.

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